Revolução Tecnológica no Controle de Pragas: A Harmonia entre Máquina e Homem?
A revolução tecnológica no agronegócio, caminha na direção de usar cada vez mais drones e sensores para monitorar pragas em tempo real. Apesar da promessa de automação, enfatizamos a necessidade da intervenção humana para decisões precisas. Destacamos a importância da amostragem e a complexidade na diferenciação entre pragas, ressaltando a relevância de pesquisadores na construção de sistemas eficazes


Estamos vivenciando uma revolução no agronegócio. Drones, VANTs, sensores e outros dispositivos agora começam a desvendar segredos das populações de pragas, proporcionando um espetáculo de informações mais precisas e em tempo real. É uma história fascinante que estamos construindo: a revolução no monitoramento de pragas.
Neste conto moderno, a promessa de uma amostragem totalmente automatizada seduz. Contudo, ao observarmos a medicina humana, onde mesmo dispondo dos equipamentos mais avançados, ainda convivemos com o ritual essencial das biópsias, surge a dúvida: poderá a amostragem tornar-se totalmente automática? Eis a incerteza que nos instiga a entender com mais detalhes a atuação humana no controle de pragas.
Em meio às incertezas, uma coisa é fato: a amostragem continuará sendo necessária para a tomada de decisão. No entanto, essas técnicas deverão ser mais precisas do que as utilizadas hoje. Possivelmente, seremos capazes de antecipar surtos das pragas mais estudadas, mas sempre haverá uma espécie que não conheceremos bem. Além disso, as informações processadas fornecerão subsídios não só para decidir o momento do controle, mas também o produto adequado, a eficiência de cada produto, a área exata de pulverização e a qualidade da pulverização aplicada.
Creio que será necessário aplicar métodos muito mais eficazes para determinar a distribuição espacial, a variabilidade temporal das populações de pragas e a determinação das áreas que necessitam de intervenção. Para isso, o discernimento do olhar humano continuará sendo essencial para construir as formas de mensuração e determinação do nível de controle. Mas a presença humana vai além disso.
Assim como hoje, a diferenciação entre pragas morfologicamente semelhantes ou o nível de suscetibilidade entre diferentes populações de pragas exigirá a presença humana. Possivelmente, os sistemas de amostragem serão do tipo sequencial, com números variáveis de amostras, e para a construção desses sistemas de tomada de decisão serão necessário pesquisadores com conhecimentos mais aprofundados.
Portanto, a importância da amostragem ganhará destaque, bem como de pessoas capazes de construir e gerenciar isso. Com a precisão cada vez maior, os agricultores e os profissionais de controle de pragas implementarão estratégias para reduzir o uso desnecessário de pesticidas, preservando o meio ambiente. A harmonia entre a tecnologia e o olhar humano promete um capítulo emocionante na gestão sustentável das pragas, onde transformar as informações em conhecimento fará cada vez mais diferença na lucratividade.
Quer conversar mais sobre isso? É só me chamar para um café!
